ABSTRACT

Este capítulo foi escrito especialmente para aqueles que estão iniciando suas atividades na análise palinológica. Ao escrevê-lo, imaginamos um pesquisador trabalhando em uma instituição onde os recursos bibliotecários não são amplos e onde não há tradição em trabalhos palinológicos. Nos concentramos no que consideramos importante para a Palinologia da Amazônia. Expusemos alguns fundamentos de Palinologia, direcionados para pesquisadores novos na disciplina e o nosso objetivo não foi produzir um documento abrangente sobre o assunto. Para este intento, o leitor deverá consultar alguns trabalhos padrões: Faegri & Iversen, 1989; Moore et al., 1991; Salgado-Labouriau, 1973.1

DESCRIÇÃO, ARMAZENAMENTO E DATAÇÃO DE TESTEMUNHOS SEDIMENTARES

Assim que as seções de testemunhos são transportadas do campo ao laboratório, devem ser mantidas, se possível, em salas frias com temperatura de 4°C, para evitar o crescimento de fungos e bactérias nos sedimentos. Esses organismos podem interferir na datação do carbono-14. Fungos podem metabolizar compostos de carbono dos sedimentos e podem trocar CO2 com a atmosfera, durante o processo de respiração, contaminando assim os sedimentos com carbono recente. Os sedimentos, portanto, devem ser refrigerados. Logo após a remoção dos sedimentos, as extremidades dos tubos devem ser seladas com fita plástica, antes de serem armazenadas em sala fria. Se os sedimentos forem expelidos do tubo ainda no campo (o que não é recomendado), devem ser cuidadosamente embrulhados em plástico fino impermeável e não em plástico de polietileno, que permite trocas gasosas.