ABSTRACT

Desde seu surgimento na Alemanha no final da década de 1920 e sua introdução nos Estados Unidos por Jack Mullin em 1945 (Figura 5.1), o gravador de fita analógico (Analog Tape Recorder — ATR) aumentou constantemente de qualidade e aceitação universal a ponto de estúdios profissionais e pessoais contarem totalmente com mídia magnética para armazenar o som analógico em rolos de fita. Com o advento do estúdio de projeto e DAWs baseados em computador, a utilização de ATRs de dois canais e multipista diminuiu constantemente, e hoje nenhum novo modelo de gravador de fita analógico é fabricado. Resumindo, gravar em fita analógica tornou-se um processo “especializado” de alto custo, “futurístico-retrô”, para obter certo som. Dito isso, o processo de gravação analógica ainda é bem considerado e até mesmo procurado por vários estúdios como uma ferramenta sonora especial… e por outros como uma revolta contra o ataque violento do “império do mal digital”. Sem entrar no debate contínuo do mérito da tecnologia analógica versus digital, acho que é justo dizer que cada uma tem seu próprio tipo de som e aplicação distintos na produção musical e de áudio. Embora gravadores analógicos profissionais normalmente sejam muito mais caros do que os digitais, como regra geral, um gravador analógico profissional adequadamente alinhado terá um som específico que muitas vezes é descrito como cheio, enérgico, profundo e “cru” (quando usado na gravação de bateria, vocais, mixagens inteiras ou qualquer coisa que você queira adicionar). Na verdade, as limitações da fita são frequentemente utilizadas como uma forma de “expressão artística”. A partir disso, é fácil ver e ouvir por que o gravador analógico ainda não está morto… e provavelmente não estará por algum tempo.